sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Documento oficial Secretária de Estado da Saude.

COMUNICADO OFICIAL DA COORDENAÇÃO E DA EQUIPE TÉCNICA DO CRIA-UNIFESP DIANTE DO ENCERRAMENTO DE SUAS ATIVIDADES



O nosso objetivo é partilhar a indignação diante de grave acontecimento decorrente de uma tendência que vem prevalecendo no sistema estadual de saúde.

O governo de SP, através da Secretaria Estadual de Saúde (SES), assumiu, oficialmente, que serviços de base psicanalítica não contam com eficácia comprovada. Nesse contexto, propõe encerrar o apoio financeiro que há mais de dez anos confere ao Centro de Referência da Infância e Adolescência - CRIA.

O CRIA foi inaugurado em 2002, por um convênio entre a UNIFESP e a SES, com a interveniência da SPDM. É uma instituição que realiza cerca de 1200 atendimentos mensais de bebês, crianças, adolescentes e seus familiares através de uma equipe interdisciplinar que garante uma visão e assistência global aos pacientes.

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Carta de repudio ao programa Saia Justa da GNT


Prezados,



O programa “Saia Justa”, veiculado pela GNT, exibiu uma matéria intitulada New Behaviorismo, na qual foram exibidas cenas do filme Laranja Mecânica, que, segundo a apresentadora, representa uma crítica às teorias do psicólogo americano B. F. Skinner. Ela explica:

 "Em 'A Laranja Mecânica', o personagem do criminoso Alex é submetido a uma terapia sádica de modificação do comportamento. O clássico, do diretor Stanley Kubrick, é baseado no romance homônimo de Anthony Burgess, publicado há 50 anos, e a referência à terapia era uma crítica às teorias deste psicólogo: B. F. Skinner. Ele era defensor de um Behaviorismo Radical, denunciado na época como autoritário. Uma tentativa de controlar o comportamento da população. Mas, meio século depois, é a população que está tentando se controlar. A Tecnologia inspirou um tipo de Behaviorismo da autoajuda. Graças aos Smarthphones e Tablets. Nós, agora, temos à disposição, aplicativos para modificar comportamentos e viver melhor...” (continua no vídeo)*.

Em uma movimentação coletiva, os analistas do comportamento brasileiros estão contatando a produção do programa através de seu formulário próprio de contato e expressando indignação pela leviandade com que a abordagem foi tratada. Várias pessoas, sites se páginas no facebook já estão participando. Se você também se sentiu indignado, faça sua parte e entre em contato solicitando uma retratação.

O Behaviorismo já é uma abordagem cercada de mitos e equívocos, e falas como as da apresentadora do programa, veiculado em rede nacional em emissora com grande alcance na população em geral, podem ter como efeito uma rejeição ainda maior às teorias behavioristas.

O formulário de contato está disponível neste link:
 *O vídeo não foi “linkado” para evitar que ganhe posições no ranking do Google e apareça nas primeiras páginas na busca por “Behaviorismo”. No entanto, pode ser encontrado com as palavras chave “New Behaviorismo GNT”, no Google.

Com vistas a sanar possíveis dúvidas geradas pelo vídeo, gostaríamos de comentar alguns das falas da apresentadora do programa. A primeira:
"Em 'A Laranja Mecânica', o personagem do criminoso Alex é submetido a uma terapia sádica de modificação do comportamento (...) e a referência à terapia era uma crítica às teorias deste psicólogo: B. F. Skinner (...) denunciado na época como autoritário”.

Em primeiro lugar, o filme mostra a aplicação de técnicas baseadas no Paradigma Respondente, descoberto pelo fisiologista russo Ivan P. Pavlov. O Paradigma Respondente propõe que quando um estímulo qualquer que gera um comportamento específico é apresentado repetidas vezes temporalmente próximo a outro estímulo qualquer que não gera aquele comportamento, ocorre um processo chamado “Pareamento”, no qual este segundo estímulo passa a gerar o mesmo comportamento que o primeiro gera.

A Terapia de Modificação do Comportamento, por outro lado, é baseada no Paradigma Operante, sistematizado pelo psicólogo americano B. F. Skinner. O Paradigma Operante propõe que o comportamento de um organismo gera mudanças no ambiente, e que estas mudanças aumentam ou diminuem a probabilidade do comportamento que as gerou voltar a ocorrer. Quando elas aumentam a probabilidade deste comportamento, são chamadas de Reforçadoras.  Quando diminuem, são chamadas de punidoras. Este é o primeiro equívoco deste trecho. A apresentadora mistura os dois paradigmas em um só e atribui a Skinner um processo cujo responsável pela descoberta foi Ivan P. Pavlov.

O segundo equívoco reside na sugestão de que as idéias e Skinner pregavam o uso de controle aversivo para a mudança de comportamento. Quem já teve o mínimo contato com a obra do autor sabe que se trata de uma inverdade. Skinner era claro quanto à sua posição: “Você não pode em última instância, impor coisa alguma. Nós não usamos a força!” (Skinner, em 1948) [grifo nosso].

A segunda fala da autora que merece ser comentada é:
“Ele era defensor de um Behaviorismo Radical, denunciado na época como autoritário.”
“Behaviorismo Radical” é o nome da filosofia da ciência fundada por B. F. Skinner e, a expressão “Radical”, pode ser interpretada de várias formas.  A primeira delas, e mais comum, é aquela que entende “Radical” como “ir à raiz do problema”, ou, em outros termos, buscar as verdadeiras causas do sofrimento do cliente. A segunda delas, também bastante usual, é aquela que entende a expressão como “rompimento radical com as outras teorias psicológicas”, no sentido de que as explicações behavioristas para o comportamento humano diferem diametralmente daquelas oferecidas pelas demais teorias.  Uma discussão mais detalhada sobre o assunto pode ser encontrada no livro “Sobre O Behaviorismo” (1974), escrito pelo próprio Skinner e publicado no Brasil pela editora Cultrix.

A despeito do exposto, a fala da apresentadora dá a entender que a expressão “Radical”, da expressão “Behaviorismo Radical”, significa algo como “exagerado”, que seguido da frase “denunciado na época como autoritário”, reforça a idéia de um psicólogo que pregava o uso de técnicas aversivas na terapia.  Esta idéia já foi discutida aqui e cremos não carecer adentrar mais o assunto. Em todo caso, maiores informações sobre o tema podem ser obtidas na obra do próprio autor, nos capítulos 11 e 12 do livro Ciência e Comportamento Humano (1979), publicado no Brasil pela Editora Fontes Ltda.

Equipe Comporte-se e Comportamento e Ciência.

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Marcelo C. Souza
Psicólogo (crp 06/76621)
Analista do Comportamento
(11)97601-8162
marcelo@comportese.com

quinta-feira, 19 de julho de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Nota da Comissão de Orientação e Fiscalização sobre divulgação de serviços em sites de compras coletivas


A crescente proliferação de sites de compras coletivas tem contribuído com o aumento no número de denúncias direcionadas ao Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP-RJ) relacionadas à divulgação de serviços psicológicos. Temos observado que tais divulgações utilizam preponderantemente o preço como forma de propaganda, o que fere a alínea “d” do artigo 20 do Código de Ética do Psicólogo.


Entendemos que tal meio de divulgação baseia-se numa lógica de mercado, de venda de mercadorias, que estabelece os serviços psicológicos como meros produtos de consumo. Nesse sentido, a Comissão de Orientação e Fiscalização (COF) do CRP-RJ considera que a ideia de psicologia produzida nesse tipo de publicidade desrespeita e distorce a disseminação do conhecimento a respeito das atribuições e do papel social da profissão.

A publicidade de serviços psicológicos deve levar em consideração condições que propiciem a qualidade do trabalho prestado. Um trabalho de qualidade em psicologia está para além de um conjunto de métodos e técnicas vendidas a terceiros por um preço previamente estipulado em relação a um determinado período de tratamento ou quantidade de sessões ofertadas. Entendemos que a relação psicólogo e cliente/paciente deve ser configurada no momento da interação entre os dois atores, e não na aquisição a priori de um serviço. A liberdade no estabelecimento dos valores das consultas e na quantidade de atendimentos necessários - a ser combinados entre psicólogo e cliente/paciente - não deve ser minimizada por um funcionamento mercantilista que não leva em consideração as especificidades presentes na prestação de serviços psicológicos.

O CRP do Rio de Janeiro observa que a alínea "d" do artigo 20 do Código de Ética Profissional é pouco clara, além de não contemplar uma discussão mais ampliada sobre o assunto "divulgação de preço dos serviços/consultas como forma de propaganda". A orientação da COF do CRP-RJ, portanto, é que os psicólogos não divulguem seus serviços em sites de compras coletivas, nem façam qualquer referência a valores ao anunciar seus serviços.

A COF do CRP-RJ baseou sua orientação no Código de Ética Profissional. Ressaltamos, assim, a importância de o psicólogo consultar com regularidade o seu Código de Ética, já que o mesmo foi construído como um instrumento de reflexão da relação psicólogo e sociedade e profissão e como um dispositivo de construção de cidadãos socialmente engajados em suas práticas cotidianas, capazes de analisar crítica e historicamente suas realidades política, econômica, social e cultural, para além de meros profissionais tecnicistas.

Lembramos que o Código de Ética Profissional pode ser obtido e baixado no link “legislação” no site do CRPRJ (www.crprj.org.br) e também no site do CFP (www.pol.org.br).

30 de Agosto de 2011



quarta-feira, 16 de maio de 2012

Teste PMK não poderá ser mais usado em avaliação psicológica após veto do Conselho Federal de Psicologia


O Conselho Federal de Psicologia (CFP) em seu papel de autarquia responsável por orientar, disciplinar e fiscalizar o exercício da profissão de psicólogo no país, garantir a qualidade técnica dos serviços e produtos oferecidos pela categoria de psicólogos e mediar as relações da profissão com a sociedade, conforme prevê a Lei 5.766/71, vem a público esclarecer os motivos pelos quais o teste Psicodiagnóstico Miocinético – PMK está com parecer desfavorável para uso profissional por psicólogos.

Devido à necessidade de aprimoramento e melhoria na qualidade dos testes psicológicos, o CFP editou a Resolução CFP Nº 025/2001 e, posteriormente, a Resolução CFP Nº 002/2003, para regulamentar o uso, a elaboração e a comercialização de testes psicológicos, instituindo a análise desses instrumentos utilizados pelos profissionais da área.

Desde então, vários testes psicológicos foram avaliados pela Comissão Consultiva em Avaliação Psicológica, por pareceristas de notório saber na área de Avaliação Psicológica que são convidados para analisarem e emitirem parecer sobre os testes encaminhados ao CFP, e pelo Plenário do CFP, conforme determina o artigo 8° da Resolução CFP n° 002/2003.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Inscrições para o Curso de Fundamentos da Terapia Comportamental do InPA Abertos

O curso Fundamentos da Terapia Comportamental tem como objetivo desenvolver algumas das competências comportamentais essenciais à atuação na clínica comportamental. As principais competências desenvolvidas ao final do curso são: situar epistemologicamente a prática do terapeuta comportamental; coletar e organizar dados em uma formulação comportamental de caso; interpretar casos clínicos a partir dos princípios da Análise do Comportamento; planejar, executar e avaliar intervenções a partir dos paradigmas respondente, operante e na relação terapêutica.


Para maiores informações clique aqui


O curso é muito interessante e tem como professores, profissionais qualificados, atuantes e que estão em contato com as novidades e pesquisas na área da Psicologia. 


Vale muito a pena fazer o curso. 
Recomendo a todos os leitores do blog


Um grande abraço a todos e nos vemos lá



segunda-feira, 26 de março de 2012

Bullying - Autor do Blog Comportamento e Ciência é entrevistado para o jornal da Universidade Federal do Paraná (UFPA)


Recentemente fui procurado por um jornalista da Universidade Federal do Paraná para conceder uma entrevista sobre o fenômeno do Bullying e como essa pratica afeta uma criança. A matéria vai ser publicada ainda esse mês e vou trazer a vocês ela pronta.
Como as perguntas realizadas foram bem interessantes e informativas, estou disponibilizando aos leitores do blog o que foi conversado. Espero que gostem.

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1. Embora o bullying tenha se tornado um assunto de conhecimento geral, nem sempre os motivos dos agressores são conhecidos. Há algo que explique por que alguns jovens praticam esse tipo de violência?

R – Existem diversas variaveis que podem ajudar a entender essa questão. A motivação de um agressor pode ter diferentes funções. Sabemos que em muitos casos, o agressor obtem aprovação social e reconhecimento pelas agressoes no meio que está inserido e essa aprovação funciona como combustivel para que a violência seja continua e crescente. Geralmente o agressor é um individuo com baixa autoestima que encontra nas agressoes a um individuo menor ou mais fraco o reconhecimento social que não poderia ser encontrado de outra forma. Em minhas pesquisas e atendimentos, percebo que existem dois tipos de agressores. 

O primeiro tipo é o agressor ativo, aquele que pratica a violencia, a provocação e a humilhação de outro individuo. O segundo tipo e o que eu considero mais cruel são chamados de agressores passivos. Eu chamo de passivos por que não participam diretamente da violencia, mas são aqueles que dão risada das piadas, e dão o reconhecimento social ao agressor gerando um ciclo interminavel de violência. Geralmente é um grupo grande que somado ao agressor ativo, acaba se tornando um exercito que deixa a vitima mais encolhida e com mais medo de reagir às provocações. Em tese não existe uma motivação que possa ser generalizada para todos os casos, mas o reconhecimento social da violencia está presente em grande parte dos casos.

terça-feira, 13 de março de 2012

XXI encontro da Associação Brasileira de Psicologia e Medicina Comportamental - ABPMC 2012


Sob a égide do conceito de interatividade nossa diretoria vem pensando soluções para trazer novos sócios, curiosos, simpatizantes, jovens cientistas do comportamento, sangue novo para nosso já numeroso grupo de colegas Analistas do Comportamento e Terapeutas Cognitivo-comportamentais.
Sendo assim, a diretoria da gestão 2012/ 2013, composta por Cláudia Oshiro (presidente), Giovana Del Prette (vice-presidente), Ariene Coelho (1ª secretária), Giovana Munhoz da Rocha (2ª secretária e presidente do XXI Encontro da ABPMC), Fatima Tomé (1ª tesoureira) e Elaine Catão (2ª tesoureira),e com apoio de nosso sábio e valoroso Conselho Consultivo, resolveu inovar radicalmente (sem trocadilhos!).
Durante 20 dias, a contar do início das inscrições no site oficial da ABPMC, estudantes de graduação e pós-graduação, que se associarem à ABPMC, poderão se inscrever no XXI Encontro por R$ 50,00!

Sim! Isso mesmo:
Estudantes de graduação = anuidade R$ 20,00 e inscrição = R$ 50,00 Total = R$ 70,00
Estudantes de Pós-graduação = anuidade R$ 100,00 e inscrição = R$ 50,00 Total = R$ 150,00
MAIS INFORMAÇÕES:
Ekipe de Eventos

Fone: 41 3022-1247
Fax: 41 3022-3005

quinta-feira, 8 de março de 2012

QUER GANHAR UMA BOLSA INTEGRAL NO CURSO DE TERAPIA ANALÍTICO COMPORTAMENTAL INFANTIL

Aproveite a oportunidade de fazer o I curso Aprendendo a Terapia Analítico Comportamental Infantil sem pagar nada! 

Indique 4 amigos e se eles se inscreverem informe o nome deles através do e-mail ead@inpaonline.com.br para ganhar a bolsa. 

Maiores informações sobre o curso em: http://bit.ly/wjxbij

quarta-feira, 7 de março de 2012

Estudo comprova que o Antidepressivo PROZAC funciona melhor quando associado a psicoterapia


Um estudo da Universidade de Helsinki (Finlândia), publicado em dezembro na revista científica Science, reforça a tese de que a utilização do medicamento fluoxetina (conhecido sob o rótulo de Prozac) sozinho não produz uma taxa de melhora tão significativa quanto a sua combinação com tratamento psicoterápico.
No experimento, pesquisadores condicionaram ratos a temer um ruído ao pareá-lo com um choque. Metade dos sujeitos experimentais tinha tomado fluoxetina durante três semanas antes. Após o condicionamento, alguns dos ratos dos dois grupos passaram pelo processo de extinção.
Ao final do experimento, os ratos foram submetidos novamente ao ruído. Aqueles que haviam sido tratados com fluoxetina e passado pelo processo de extinção tiveram respostas diferentes no cérebro, e foram menos propensos a “congelar” frente ao estímulo.  Aqueles que receberam apenas um ou nenhum dos tratamentos obtiverem taxas maiores de imobilidade, confirmando, junto a outros estudos realizados com pessoas, a benéfica associação entre a fluoxetina e a psicoterapia.
Fonte: Livescience

Pessoas imediatistas são mais agressivas quando bêbadas


Pesquisadores encontraram um traço de personalidade particular que pode fazer com que algumas pessoas fiquem mais agressivas quando bêbadas: o foco no presente, com pouca consideração para as consequências tardias.
Em um estudo publicado em dezembro no Journal of Experimental Social Psychology, cerca de 500 participantes responderam a uma escala sobre sua consideração a respeito de consequências futuras. Em seguida, alguns participantes receberam um suco com uma bebida forte, e outros receberam suco com pequena quantidade de álcool, porém, com uma substância que dava impressão de uma bebida mais forte. Todos achavam que estavam bebendo várias bebidas misturadas.
Na etapa seguinte, todos os participantes jogaram em um programa de computador baseado em choques elétricos, contra um adversário (que não existia) do mesmo sexo. Como resultado, os participantes bêbados cuja escala apontou imediatismo lançaram choques nos adversários com mais frequência que outros participantes de mesmo escore que haviam bebido placebo. Nos participantes com foco no futuro, a embriaguez teve pouco efeito.
Segundo o autor do estudo, Brad Bushman, “se você considerar cuidadosamente as consequências de suas ações, é pouco provável a embriaguez fazer você ficar mais agressivo do que normalmente você é.”

Fonte: Livescience

Comportamento social pode ser definido geneticamente


Uma pesquisa realizada na Universidade de Oxford (Inglaterra), publicada na revista Nature, concluiu que a genética possui um papel essencial no desenvolvimento do comportamento social dos primatas, inclusive dos humanos. Os cientistas observaram a árvore genealógica evolutiva de 217 espécies de primatas, e observaram que elas tendem a ter a mesma estrutura social que seus parentes próximos, não importando o ambiente e as condições.

Por ter origem genética, é difícil modificar a estrutura social e as espécies precisam operar com a estrutura social herdada, seja ela qual for. Segundo os pesquisadores da área, o raciocínio se aplica a todas as espécies, inclusive a nossa; contudo, nos seres humanos a variação cultural esconde a unidade social do gênero humano e a sua base biológica.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Maus-tratos vividos durante a infância alteram genes do estresse em adultos



É o que diz uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade e do Hospital de Genebra e publicada recentemente na revista científica Translational Psychiatry.Participaram do estudo 101 adultos vítimas de transtorno de personalidade limítrofe (boderline), nos quais foi observado uma porcentagem significativamente superior de modificação genética no DNA de indivíduos que sofreram maus tratos, abuso físico, sexual, emocional ou carência afetiva em relação aos que não sofreram tais situações.
A partir desse estudo foi possível identificar que os maus-tratos vividos na infância modificam a regulação dos genes que controlam o estresse na vida adulta, podendo perturbar a gestão do estresse e desenvolver psicopatologias. Além disso, os cientistas ressaltaram que se os voluntários tivessem sofrido o impacto de outros traumas violentos, como uma catástrofe natural ou um acidente aéreo, os resultados seriam semelhantes.
Fonte: R7 Notícias

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

O processo de Ensino e Aprendizagem

As teorias da aprendizagem estão longe de chegar a um consenso. À primeira vista, a definição do que é ensino e aprendizagem parece ser simples, mas existem profundas diferenças entre epistemologias das abordagens da psicologia e da pedagogia. Desde o século 19 suas definições tem sofrido muitas alterações e de fato, tem se dado ênfase as teorias baseadas em evidencias como o Behaviorismo seguido pelo  Construtivismo e o Cognitivismo.

A luz do Behaviorismo Radical podemos dizer que todos os fenômenos humanos podem e devem ser entendidos como comportamentos, portanto, processos de ensino e aprendizagem também devem ser vistos como uma série de comportamentos que entrelaçados, geram uma conseqüência especifica que pode ser compreendida como a modelagem de novos repertórios comportamentais pelo educador em direção ao aluno que o absorve em forma de aprendizagem.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Controvérsias no uso da informática na educação



O uso do computador e de suas mídias na escola é uma realidade que provavelmente não sofrerá alterações. A tendência é que a tecnologia participe cada vez mais da educação da criança. O papel da escola nesse âmbito é estar preparada para utilizá-la de forma mais eficaz possível , capacitando professores e desenvolvendo junto com a sua equipe técnica de pedagogos e psicólogos, um projeto pedagógico que englobe o uso de ferramentas tecnológicas.

Segundo GRISPINO (2005) “... a boa escola leva o jovem a recuperar a confiança na estrutura educacional. Essa escola sabe, pedagogicamente, como lutar pelas dificuldades de aprendizagem dos alunos e como fazê-los galgar os degraus do saber. Coloca como prioridade o desafio da qualidade de ensino e acompanha as mudanças requeridas por um mundo em acelerada mutação.”

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O que é a Análise Aplicada do Comportamento ?

A Análise Aplicada do Comportamento ou simplesmente AAC como defendido por Tourinho (1999) é uma subárea da Análise do Comportamento que é interligada a outras duas que seriam a Análise Experimental do Comportamento ou simplesmente AEC (uma ciência básica) e o Behaviorismo Radical (a filosofia da ciência que a embasa).

Ainda na definição de Tourinho (1999), a Análise Aplicada do Comportamento é a ciência aplicada e tecnológica que por sua vez seria o braço responsável por administrar conhecimentos produzidos pela Análise Experimental do Comportamento e produzir intervenções de relevância social. Para Tourinho (1999) tanto a Análise Experimental, Behaviorismo Radical e a Análise Aplicada não podem existir autônomas, por mais que seus representantes em determinadas vezes não consigam ver seus pontos de intersecção.

A Análise Aplicada do Comportamento, então seria o campo de ação com métodos planejados de intervenção dos analistas do comportamento. Com essa definição podemos localizar a AAC como a responsável pela aplicação dos conhecimentos nas áreas da psicologia tradicionais como a clinica psicológica, escolas, presídios, saúde publica ou organizações.